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Atualização: Samarco

Este informativo fornece uma atualização após o rompimento da barragem de rejeitos de Fundão e da barragem de água de Santarém nas operações de minério de ferro da Samarco Mineração S.A (Samarco) em Minas Gerais, Brasil, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015. A BHP Billiton e a Vale possuem cada uma 50% de participação na Samarco.

A Samarco informou que, no momento, existem 13 fatalidades e seis pessoas continuam desaparecidas. Os serviços emergenciais continuam as buscas às seis pessoas desaparecidas.

A Samarco continua a trabalhar com as autoridades governamentais no Brasil para relocar as pessoas desalojadas da acomodação temporária para casas alugadas. Espera-se que a relocação esteja completa até fevereiro de 2016.

Os trabalhos de limpeza começaram na área da Barra Longa, com foco ao acesso rodoviário, moradias e conserto de pontes.

O monitoramento das estruturas da barragem restante na Samarco continua. Foram iniciados trabalhos provisórios para consertar os danos às barragens e para reforçar as partes da estruturas.

As operações da Samarco continuam paralisadas.

A Samarco e as autoridades locais continuam a avaliar e monitorar a qualidade da água no sistema fluvial do Rio Doce. Onde o abastecimento de água foi afetado, abastecimentos de água alternativos estão sendo fornecidos pela Samarco, trabalhando com autoridades locais.

A Samarco relatou que os testes nos sedimentos efetuados pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) usando amostras coletadas em quatro pontos no sistema fluvial do Rio Doce  no período de 14 de novembro a 18 de novembro de 2015 indicam que as concentrações de metais  adquiridas nesses locais não diferem de modo significante dos resultados produzidos pelo CPRM em 2010.

A Samarco informa que a análise efetuada pela SGS Geosol, uma empresa especializada em geoquímica ambiental, confirmou que os rejeitos são compostos de materiais que não são nocivos à saúde humana, com base na classificação de perigo dos materiais de acordo com padrões brasileiros.

A Samarco informou que o material dos rejeitos liberados devido ao rompimento das barragens de Fundão e Santarém é considerado não reativo e geoquimicamente estável ao ser introduzido no sistema fluvial ou oceano. Como resultado do alto volume de materiais de rejeitos de areia e argila que passaram pelo sistema fluvial, um grande número de peixes morreram devido ao consumo de oxigênio reduzido. A avaliação desses impactos está em andamento.

A pluma de rejeitos alcançou o Oceano Atlântico e está dispersando. A Samarco desenvolveu um programa para monitoramento da pluma no oceano e as autoridades forneceram direcionamento sobre o escopo dos testes necessários para este programa.  O Governo Federal Brasileiro e certos governos estaduais anunciaram que, em 30 de novembro de 2015, pretendem iniciar ação legal contra a Samarco, Vale e BHP Billiton para os custos de limpeza e danos. O anúncio indica que a ação legal exigirá que as empresas estabeleçam um fundo de R$20 bilhões de forma agregada (approximadamente US$5.2 bilhões nas taxas de câmbio atuais) para a recuperação e compensação ambiental A BHP Billiton não recebeu notificação formal da ação até o momento.

A BHP Billiton confirma o seu compromisso em apoiar a Samarco a reconstruir a comunidade e  restaurar o ambiente afetado pelo rompimento das barragens. Isso inclui planos, anunciados pela Vale e BHP Billiton no dia 27 de novembro de 2015, de trabalho conjunto com a Samarco para estabelecer um fundo voluntário, sem fins lucrativos, para apoiar a recuperação do sistema fluvial do Rio Doce. Uma cópia da declaração conjunta emitida pela Vale e BHP Billiton em 27 de novembro de 2015 pode ser lida neste link.

Conforme anunciado na Assembleia Geral Anual da BHP Billiton Limited no dia 19 de novembro de 2015, a Diretoria da BHP Billiton estabeleceu um sub-comitê separado da BHP Billiton para prestar assistência à Diretoria na supervisão da governança da gestão e resposta aos eventos na Samarco.

Os membros do sub-comitê são John Schubert (como Presidente), Jac Nasser, Lindsay Maxsted e Malcolm Brinded. Adicionalmente, o Diretor-Presidente, Andrew Mackenzie, solicitou ao Fórum de Responsabilidade Corporativa da BHP Billiton que participem no fornecimento de uma visão geral estratégica, de alto nível, dos processos de recuperação e das lições aprendidas para a BHP Billiton. Por mais de 15 anos, o Fórum de Responsabilidade Corporativa tem sido um componente essencial do programa de envolvimento de interessados da BHP Billiton, proporcionando uma visão sobre assuntos emergentes e atuais sobre uma variedade de temas em sustentabilidade. O Fórum consiste de oito líderes altamente respeitados da sociedade civil internacional como também membros do Comitê de Gestão do Grupo BHP Billiton.